:: Orquídeas do Rio Grande do Sul ::
Bem-vindo visitante [Login]
Dichaea pendula (Aubl.) Cogn.
Célestin Alfred Cogniaux, Symb. Antill. (Urban). 4(1): 182. (1903).

Limodorum pendulum Aubl., Hist. Pl. Guiane 2: 819. (1775). (basiônimo)
Epidendrum echinocarpon Sw., Prodr. Veg. Ind. Occ. : 124. (1788).
Cymbidium echinocarpon (Sw.) Sw., Nova Acta Regiae Soc. Sci. Upsal. 6: 71. (1799).
Pachyphyllum echinocarpon (Sw.) Spreng., Syst. Veg. 3: 731. (1826).
Dichaea echinocarpa (Sw.) Lindl., Gen. Sp. Orchid. Pl. : 208. (1833), nom. illeg.
Dichaea pendula var. ciliata Cogn., Fl. Bras. (Martius) 3(6): 487. (1906).
Dichaea echinocarpa var. lobata Ames & Correll, Bot. Mus. Leafl. 11: 71. (1943).
Dichaea lobata (Ames & Correll) L.O.Williams, Ceiba 1: 189. (1950).
Dichaea pendula var. swartzii C.Schweinf., Bot. Mus. Leafl. 77: 62. (1955).
Dichaea swartzii (C.Schweinf.) Garay & H.R.Sweet, J. Arnold Arbor. 53: 397. (1972).


Descrição

Dichaea pendula é uma das representantes do gênero Dichaea, criado por Lindley em 1833. Mas já havia sido descoberta mais de 50 anos antes. A espécie foi descrita em 1775, pelo francês Jean-baptiste Aublet (1720-1778), como Limodorum pendulum, a partir de exemplar coletado na Guiana Francesa (Limodorum é um gênero que havia sido criado por Boehmer em 1760 e é válido até hoje, mas correspondendo a um outro grupo de Orchidaceae, formado por umas poucas espécies terrestres da Europa).

Swartz descreveria a mesma espécie como Epidendrum echinocarpum em 1788 e logo a transferiria para Cymbidium, como Cymbidium echinocarpum, em 1799. Em 1833 Lindley criou o gênero Dichaea, com essa espécie como typus, mas tratando-a como Dichaea echinocarpa. Somente em 1903 a espécie ganhou o nome Dichaea pendula, através de publicação de Cogniaux, que revisou o gênero Dichaea na ocasião.
Dichaea faz parte da subtribo Zygopetaliinae e é gênero com mais de uma centena de espécies, com cerca de 1/4 delas ocorrendo no Brasil (ainda recentemente, no começo de 2014, foi descrita uma nova espécie da região amazônica, Dichaea fusca Valsko, Holanda & Krahl).
Dichaea pendula vegeta sempre em ambiente de elevada umidade do ar. Com hábito completamente pendente, se apresenta como epífita e muitas vezes como litófita (vegetando sobre rochas). Habita sempre próximo a cursos d’água, em condições de pouca luminosidade solar direta.
O vegetal lembra uma pequena samambaia. Os caules podem chegar a 30cm de comprimento, e muitas vezes são ramificados, com novos caules surgindo em qualquer ponto do vegetal. As folhas têm entre 1,5-1,8cm de comprimento por até 0,5cm de largura. Elas se apresentam alternadas e muito próximas, sempre com a base envolvendo o caule. A inflorescência é uniflora e surge em um pedicelo curto. A flor tem pouco mais de 1cm de diâmetro; as pétalas e sépalas são relativamente largas e não chegam a se espalmar por completo. Apresentam máculas de cor púrpura sobre um fundo amarelo esbranquiçado. O labelo tem típica forma de âncora, com largura maior do que o comprimento, e também é púrpura.
Vejo três detalhes interessantes nesta planta:
- o sistema radicular sempre curto, forte o suficiente apenas para prender a planta no tronco, galho ou rocha, sem se alongar pelo substrato;
- as raízes aéreas que surgem na base das folhas, que percorrem o caule e muitas vezes não chegam ao substrato;
- os frutos, que vêm na forma de cápsulas espinhosas .
O nome Dichaea vem do grego ‘dícha’ (=dupla, duas séries), provável alusão de Lindley à forma de apresentação das folhas das espécies do gênero. Já ‘pendula’, evidentemente, é alusão à forma pendente do vegetal – característica entretanto que não é exclusiva de D.pendula dentre as espécies de Dichaea, pois há outras espécies de Dichaea que são pêndulas.

Época de floração

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro


Fotos



Fotos no Habitat



Estudos





Site desenvolvido por Jacques Klein