De ocorrência nos três Estados do Sul do Brasil e no Estado de São Paulo, esta é uma espécie objeto de certa discussão taxonômica, pois sempre foi complicada sua separação de Octomeria umbonulata Schltr.
Essa discussão, contudo, aparentemente teve um fim com a sinonimização de ambas as espécies por Wellington Forster, em seu trabalho de revisão das espécies de Octomeria de folhas planas e conduplicadas, publicado há alguns poucos anos.
Com a descrição mais antiga de O.pusilla (1837), prevalece esse nome, ficando Octomeria umbonulata Schltr. (descrita em 1925) como sinonímia heterotípica, o mesmo ocorrendo com o nome Octomeria juergensii Schltr., também descrita em 1925.
A espécie tem rizoma curto e crescimento entouceirado, e certa variação de tamanho do vegetal, que pode apresentar caules entre 2 e 10 cm de comprimento e folhas com tamanho aproximado dos caules e 0,5 a 1,5cm de largura. As folhas são verde escuras, ficando mais amareladas se as plantas crescem expostas a um maior grau de luminosidade solar direta. Nesse caso, costumam apresentar certa pigmentação de cor vinho, variável em intensidade. São rígidas, coriáceas, erguidas e agudas.
A inflorescência pode ter de 3 até 12 flores, que ficam agrupadas no ápice do caule, na face interna das folhas. São totalmente amarelas, com cerca de 1cm de diâmetro. A sépala dorsal, que é recurvada em sua extremidade, tem até 7mm de comprimento por 2mm de largura. As sépalas laterais têm as mesmas dimensões e geralmente são um pouco menos recurvadas, ou mesmo planas. As pétalas são totalmente planas, com o mesmo tamanho das sépalas. O labelo, trilobado, é carnoso e tem até 3mm de comprimento por 2mm de largura. Seus lobos laterais são serguidos e apresenta duas calosidades longitudinais.
A espécie floresce no fim do outono e começo do inverno, sendo comum no araucarieto serrano dos Estados do Sul do Brasil., muitas vezes exposta a pleno sol. Mas ocorre também em regiões de altitude mais baixa; no Rio Grande do Sul, há registro de sua ocorrência para a região de Pelotas.
O epíteto ‘pusilla’ tem origem no latim (=muito pequena). Também o nome ‘umbonulata’ vem do latim; ‘umbónulus’ é o diminutivo de ‘umbo’ (=escudo). Seria, portanto, a ‘Octomeria semelhante a um pequeno escudo’, que para o Padre José González Raposo seria referência ao labelo por ser convexo no centro e portanto ter suposta forma de escudo.