Descrito em 1850 por Reichenbach, ocorre nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, vindo desde o Estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul e avançando também para a região de Misiones na Argentina. É planta tÃpica da floresta de araucária (floreta ombrófila mista).
É muitas vezes confundido com Bulbophyllum napelii Lindl., do qual podemos separar visualmente pelo seguinte:
- B.regnellii tem pétalas de ápice agudo (em B.napelii, elas têm ápice arredondado);
- em B.regnellii o labelo tem margem levemente crenada na base, enquanto em B.napelii a margem é integralmente lisa;
- em regra, B.napelii tem apenas uma flor, enquanto B.regnelli apresenta até 4 flores.
Além disso, estudo de Werner Mancinelli e Eric Smidt tendo por objeto as espécies de Bulbophyllum do Sul do Brasil, publicado em 2012, concluiu que B.napelii ocorre da Bahia até Santa Catarina, sem atingir o Rio Grande do Sul (ao contrário do que concluÃam Pabst e Dungs em 1975), enquanto B.regnelli alcança o Rio Grande do Sul e a Argentina.
A espécie tem hábito epÃfito. Como a maior parte das espécies de distribuição muito ampla, apresenta boa variabilidade populacional. O rizoma, por exemplo, tem comprimento variável entre 1 a 5cm entre os pseudobulbos, que são enrugados e piriformes (em forma de pera), com altura também variável entre 0,5 e 2cm. A folha também varia muito de tamanho de acordo com a população, de 2 a 8cm de comprimento e 3 a 7mm de largura, e as inflorescências, que surgem da base dos pseudobulbos, portam de 1 a 4 flores, com um escapo ereto que pode atingir 8cm. As flores têm cerca de 1,5cm de diâmetro, e as sépalas têm três nervuras púrpuras e são bem maiores e mais largas do que as pétalas. O labelo é levemente trilobado e também apresenta veias púrpuras, em número variável.
O epÃteto ‘regnelii’ é homenagem de Reichenbach ao botânico sueco Anders Fredrik Regnell (1807-1884).